Dilolo, o gigante do Luacano e potência turística

O tempo passa, as coisas mudam...

Pesca, caça, paisagens diversas, chanas, jacarés, chuva, sol ardente, pequenas florestas…inúmeras coisas surgem na mente ao ler/ouvir este nome, Luacano. 
Para mim, o que me vem a mente automaticamente é "Lago Dilolo", o maior do país.. 

      (Foto de Novojornal)

                  

Dizem que amor a primeira vista não existe mas devo discordar, porque foi o que senti no meu primeiro "encontro" com o Lago Dilolo. É de uma beleza indiscritível e ao mesmo tempo impõe muito respeito, chama a atenção de habitantes e visitantes, faz reflectir sobre o que realmente importa e sobretudo de como seria trocar os ruídos dos veículos a motor pelo ruído das águas tranquilas do lago.

O Lago Dilolo é uma zona de grande potencial turístico, que com a devida exploração ajudará na diversificação e no crescimento do sector económico; também uma zona de intercâmbio cultural, de intercâmbio de experiências e de formas de vida. Com a paz e a chegada do comboio do CFB, o acesso a zona ficou mais fácil e a comunicação com as comunas e municípios vizinhos mais fluida. 

Feira do Peixe!

Para além do seu potencial agrícola, o Lago Dilolo é um dos locais com maior experiência no cultivo de arroz, precisando de mais investimento. o Luacano acolheu a Iª Feira do Peixe em 2017 pela diversidade que possui, com destaque para o bagre, a tuqueia, o missoji e o famoso quele.

(Foto de Jornal de Angola)

Com uma população acolhedora e hospitaleira, disciplinada e ordeira, paisagens únicas e uma culinária saudável, é muito difícil resistir a tentação e dizer não ao "pedido de casamento". Mas quem sabe num futuro próximo o Lago Dilolo e eu sejamos "rei" e "rainha" do mesmo destino.

Moxico, onde o futuro está!

O Jardim da Paz

O tempo passa, as coisas mudam…

Tive a oportunidade de correr, sorrir e brincar no Jardim Lenine. Com vestígios do atemorizante e marcante conflicto armado que assolou a cidade do Luena,  hoje cidade da Paz, o Jardim Lenine acabou por tornar-se num lugar de reflexão, instrospecção e aprendizagem onde podemos recolher memórias e preparar-nos para no presente dar passos significativos para um futuro melhor do que o passado.

Todas as lembranças que tenho são boas...de brincar de correr com primos e amigos à volta da piscina, de ouvir música e participar nas rifas daquelas feiras memoráveis durante as festas da província. Ás árvores eram tristes, os baloiços estragados, os muros rachados mas o sorriso inocente de criança sempre presente iluminando qualquer canto de escuridão. Hoje, com o mesmo sorriso olho para o mesmo jardim, completamente modificado, e encho-me de alegria e de emoção.

O Jardim Lenine, hoje transformado no "Jardim da Paz", por "acolher" aquele que é um dos monumentos mais importantes, mais bonitos e mais significativos de Angola, "O monumento à Paz". "Este monumento simboliza o sacrifício dos angolanos, após vários anos de guerra, e os valores que representa a paz para o bem-estar de cada cidadão" (Angop).

(Foto de Ivna dos Santos)

Adjacente ao Monumento à Paz, foram construídas outras instalações como: uma biblioteca, um pequeno museu, uma zona infantil, uma sala de conferências, um restaurante e uma quadra desportiva multiuso, que evidentemente fazem a diferença no que concerne ao momentos de lazer das famílias da capital do Moxico. Só quem viveu o passado o pode comparar com o presente para trabalhar arduamente buscando um futuro melhor.

Moxico, onde o futuro está!

A Província

O tempo passa, as coisas mudam…

Há poucos anos atrás a província do Moxico era por muitos caracterizada como a terra do fim do mundo, mas hoje caracterizada como a terra do futuro.

A província mais a leste de Angola e coincidentemente a maior, com uma extensão de 223.023 km2, os seus 9 municípios fazem da província um dos maiores mosaicos culturais do país. Rica em recursos hídricos que favorecem a pesca artesanal e paisagens espectaculares que proporcionam momentos de lazer inesquecíveis que fazem do Moxico uma das maiores potencialidades no que se refere ao turismo. O Parque da Cameia, O Lago Dilolo, as Quedas de Chafinda e o imponente Monumento à Paz estão entre os maiores atractivos.  

Os acordos de paz de 4 de Abril de 2002 não só marcaram o fim do conflito armado, mas também o primeiro passo para o desenvolvimento do Moxico e para a melhoria das condições de vida das populações. 

(Monumento à Paz, Luena/ foto de Ivna Muanjinda)

A reabilitação das vias de acesso favoreceram uma maior fluidez do sector económico, dinamizando e abrindo portas a investimentos noutras áreas como a hotelaria&turismo ou agricultura, com destaque para o Projecto arícola Camaiangala, com produão de milho e soja maioritariamente. Apesar de ser considerada a segunda maior reserva florestal de Angola, a província ainda carece de investimento serio e de meios para melhor fiscalização da actividade de exploração de madeira, O CFB que voltou a apitar na província depois de mais de três décadas, melhorou inegavelmente o intercâmbio de produtos entre as localidades provinciais e o resto das província pelas quais o comboio passa (Bié, Huambo e Benguela), voltando assim a conectar o Moxico ao mar.

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